O México foi um dos países latino-americanos a lançar uma nova regulamentação quanto a rotulagem frontal de alimentos e bebidas, a qual torna obrigatório a utilização de selos na parte frontal da embalagem afim de identificar produtos que tenham alto teor de determinados nutrientes.
Regras similares já foram aplicadas em alguns países vizinhos, mas a legislação do México tem suas exigências e particularidades. Esteja sempre atento aos detalhes e aos prazos para atualizações de seus rótulos!
Assim como outros países da América Latina, o México elegeu octógonos pretos com o escrito “Exceso” como o modelo da rotulagem frontal. Esse modelo foi considerado o mais adequado pelo Ministério da Saúde do México, o principal órgão responsável pela implementação do modelo de rotulagem frontal, com grande enfoque em saúde pública. O México classificou a necessidade da inclusão dos selos para 4 nutrientes críticos – sódio, açúcar, gorduras saturadas e gorduras trans – e também para o teor de calorias. Com isso, a regulamentação Mexicana é a que exige a maior quantidade de selos, 5 no total, sendo 2 a mais que a regulamentação brasileira e 1 mais que o Chile, por exemplo.
No Mexico, a Norma 051, de 27 de março de 2020 regulariza a nova rotulagem frontal. Essa legislação foi elaborada e finalizada pelo Ministério da Saúde do Mexico e pela COFEPRIS, visto que se trata de um tema bastante complexo.
O tema mais debatido durante todo o processo foram os limites mínimos ou máximos de cada nutriente crítico. Embora existam recomendações por parte de organizações internacionais, como a OMS, uma série de fatores devem ser considerados nesse processo.
O México finalizou o processo com os seguintes limites:
1. Açúcares adicionados:
2. Gorduras saturadas:
3. Gorduras trans:
4. Sódio:
5. Energia
Para todos os casos, considerando sólidos em 100 g de produto e líquidos em 100 mL de produto.
Os produtos alimentícios que extrapolem esses limites mencionados acima, devem utilizar o selo frontal indicando que é alto em 1 ou mais nutrientes críticos.
Além disso, o Mexico estabeleceu prazos para a aplicação dessa nova regra, que acontecerá em 3 fases distintas e a indústria terá um período de adaptação de suas embalagens, conforme abaixo:
Ainda é importante lembrar que o México requer a utilização da rotulagem frontal específica para produtos que contém cafeína ou edulcorantes.
De modo geral, a população deverá se tornar mais consciente e orientada para fazer escolhas mais saudáveis. Por isso, o consumidor, muito possivelmente, irá comparar cada vez mais os produtos na gôndola do supermercado. Com isso, a concorrência entre marcas deve ser cada vez mais acirrada, e a presença ou não do selo frontal será, sem dúvida, um critério de decisão a ser avaliado.
Por outro lado, devido ao crescimento populacional da maioria dos países latino-americanos e do perfil sensorial já estabelecido, não se espera que haja diminuição na produção industrial, porém, uma adaptação das fórmulas para que essas contenham menos açúcar, sal e gorduras.
E para que essa reformulação seja possível, será necessário cada vez mais soluções que auxiliem a indústria nesse desafio.
O mundo dos ingredientes vem oferecendo cada vez mais soluções para que a indústria possa adaptar suas fórmulas, mantendo-as mais saudáveis para o consumidor e sem selos frontais. A Kemin é parceira nessa jornada e desenvolveu a linha BactoCEASE NV.
BactoCEASE NV é um produto a base de vinagre tamponado, disponível também nas versões zero sódio! Com isso, contribui para substituir ingredientes, como o lactato de sódio, o qual contribui com teor de sódio na formulação final do produto. Além disso, a Kemin possui produtos de origem natural no porfólio, os quais podem, além de contribuir para a regulamentação frontal, auxiliar a indústria no movimento clean-label!
Saiba mais sobre a rotulagem frontal no Brasil ou no Chile.
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