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Navegando no mundo dos bióticos: Entendendo o pré, o pro e o pós

Publicado May 08, 2024

No cenário em constante evolução da saúde e do bem-estar, palavras-chave como “prebiótico”, “probiótico” e “posbiótico” parecem dominar as discussões. Mas devemos entender o que elas realmente significam e como os fabricantes de suplementos podem navegar por esses conceitos para criar produtos que tragam clareza, transparência e benefícios à saúde dos consumidores.

Vamos começar desconstruindo esses termos e entendendo seu significado.

Pré, Pro e Pós: Qual é a diferença?

A família de termos “bióticos” tem origem na palavra grega “bios”, que significa vida. Ela vem do mundo dos micróbios e de seus substratos.1 Em 1921, uma pesquisa inovadora revelou que o cólon, uma parte do intestino grosso, estava repleto de microrganismos anaeróbicos.2 Esses microrganismos incluem principalmente bactérias, fungos e leveduras, formando coletivamente a microbiota intestinal. Essa comunidade microbiana desempenha um papel fundamental na influência da nossa saúde, seja de forma positiva, quando equilibrada, ou de forma negativa, quando perturbada por patógenos, estilo de vida, dieta, antibióticos, estresse, envelhecimento etc., resultando em disbiose.3

Os números falam mais alto do que as palavras

Considere o seguinte: há aproximadamente 100 trilhões de bactérias residindo no seu trato digestivo.3 Se alinhadas de ponta a ponta, essas bactérias abrangeriam a Terra 2,5 vezes.4 Esse é o quão vasto e intrincado é a nossa microbiota intestinal, com um peso que chega a 1-2 quilogramas.4

Prebióticos: O combustível para uma boa saúde intestinal5

Os prebióticos servem de combustível para os microrganismos benéficos que vivem em nosso intestino. Essas substâncias, conforme definido pela International Scientific Association for Probiotics and Prebiotics (ISAPP), são “utilizadas seletivamente pelos microrganismos hospedeiros para conferir benefícios à saúde.” Em termos mais simples, os prebióticos promovem um metabolismo que favorece o crescimento de micróbios benéficos, contribuindo, em última análise, para a melhoria da saúde. Suas aplicações vão além dos alimentos e abrangem vários setores, inclusive o de saúde animal.

Probióticos: Além da palavra-chave6

Os probióticos, por outro lado, envolvem o uso de microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro. Entretanto, o termo tem sido usado de forma errônea. Embora os microrganismos vivos possam estar presentes em muitos alimentos e suplementos, somente as cepas caracterizadas com um efeito cientificamente demonstrado sobre a saúde devem ser chamadas de probióticos. Os probióticos podem dar suporte às bactérias que vivem conosco, especialmente quando são afetadas, por exemplo, por uma dieta inadequada, viagens ou antibióticos.

Posbiótico: Os benefícios1

Os posbióticos, derivados de “post” (que significa depois) e “bios” (que significa vida), referem-se a preparações de microrganismos inanimados ou seus componentes que ainda conferem benefícios à saúde do hospedeiro. Ao contrário dos probióticos, os posbióticos não envolvem micróbios vivos, mas utilizam componentes ou metabólitos derivados de micróbios inativos. Esse conceito desafia a noção de que a viabilidade celular e/ou a colonização são essenciais para conferir benefícios à saúde, abrindo portas para novas possibilidades nas formulações de suplementos.

Os ácidos graxos de cadeia curta (SCFA), como acetato, butirato e propionato, frequentemente descritos na literatura como pós-bióticos, são criados quando a microbiota intestinal fermenta a fibra alimentar. Esses compostos são essenciais para a saúde intestinal e podem influenciar outras partes do corpo devido ao seu trabalho como moléculas de sinalização. Cada SCFA tem funções distintas, contribuindo coletivamente para o bem-estar geral.8-10

Conclusão: saúde por meio do equilíbrio microbiano

Assim como a composição exclusiva de nossa microbiota intestinal, uma abordagem equilibrada entre os “bióticos” é essencial para a saúde do intestino. Como fabricantes de suplementos, entender e aproveitar o poder dos prebióticos, probióticos e posbióticos pode abrir caminho para produtos inovadores que realmente fazem a diferença na vida dos consumidores.

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Referências:

  1. Vinderola G, et al. Foods. 2022 Apr 8;11(8):1077. doi: 10.3390/foods11081077. PMID: 35454664; PMCID: PMC9027423.
  2. Gibson GR, et al. Nat Rev Gastroenterol Hepatol. 2017 Aug;14(8):491-502. doi: 10.1038/nrgastro.2017.75. Epub 2017 Jun 14. PMID: 28611480.
  3. Takiishi T, et al. Tissue Barriers. 2017 Oct 2;5(4):e1373208. doi: 10.1080/21688370.2017.1373208. Epub 2017 Sep 28. PMID: 28956703; PMCID: PMC5788425.
  4.  Saúde intestinal: Concentrando-se em nossa economia interna (metlife.com.au)
  5. Gibson GR, et al. Nat Rev Gastroenterol Hepatol. 2017 Aug;14(8):491-502. doi: 10.1038/nrgastro.2017.75. Epub 2017 Jun 14. PMID: 28611480.
  6. Hill C, et al. Nat Rev Gastroenterol Hepatol. 2014 Aug;11(8):506-14. doi: 10.1038/nrgastro.2014.66. Epub 2014 Jun 10. PMID: 24912386.
  7. https://isappscience.org/wp-content/uploads/2019/04/Probiotics_0119.pdf
  8. https://www.nature.com/articles/nrgastro.2017.75
  9. https://link.springer.com/article/10.1007/s10068-023-01414-x
  10. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9564201/