O Papel do Cromo na Metabolização dos Suínos

Cromo na nutrição animal: Da metabolização ao controle do estresse em suínos

A ativação do sistema imune exige muita energia, muitas vezes redirecionando-a da performance animal. Monócitos e linfócitos B possuem receptores de insulina, e linfócitos T desenvolvem esses receptores quando ativados. 

O cromo intensifica a resposta imune à insulina, aumentando a proliferação de linfócitos T e B, citocinas e produção de anticorpos. 

Em leitões desafiados e não desafiados, a suplementação de propionato de cromo (KemTRACE™ Cromo) melhorou o sistema imune, aumentando a concentração de imunoglobulinas totais, IgG e gamaglobulina, além da atividade de neutrófilos e células brancas nos animais desafiados.

Cromo e Cortisol

Os suínos enfrentam diversos fatores estressantes durante sua vida produtiva, sendo o cortisol o principal hormônio envolvido. O estresse provoca alterações no metabolismo de glicose e aumenta a excreção de cromo. 

Em humanos, estresse por traumas físicos, exercícios excessivos e lactação também elevam a excreção de cromo, possivelmente causando deficiência. 

Estudos comprovam que a suplementação adequada de cromo reduz a concentração sérica de cortisol durante o estresse.

Aliado contra o estresse calórico

Os suínos, como animais homeotermos, têm dificuldade em dissipar calor. As temperaturas de conforto térmico variam entre 29 a 23°C na fase de creche, 19 a 15°C na fase de crescimento e terminação, e 15 a 21°C na fase de lactação. Fora desses intervalos, os suínos precisam investir energia para manter a homeostase.

O estresse térmico pode causar infertilidade em matrizes e dificuldades de termorregulação e maior deposição de gordura corporal nos leitões. A primeira resposta ao estresse calórico é a redução do consumo alimentar, o que diminui a ingestão de nutrientes e a performance. O estresse também afeta o metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídeos, levando a maior deposição de gordura e menor de massa muscular.

Outro mecanismo de defesa é o aumento da circulação periférica, causando hipóxia no sistema digestivo, inflamação intestinal e perda de performance. A ativação do sistema imune durante a inflamação requer energia, já limitada devido aos efeitos do estresse térmico.

O cromo é um importante aliado contra o estresse calórico, pois aumenta a sensibilidade à insulina, melhorando a microcirculação da pele e facilitando a vasodilatação e dissipação do calor. Além disso, o cromo mantém o consumo de ração em situações de estresse calórico. 

Em um estudo, suínos na fase de crescimento sob estresse calórico progressivo e cíclico (27°C a 31°C) por 35 dias mostraram redução no consumo de ração (3,59 kg em temperatura termoneutra de 21,3°C vs. 2,83 kg sob estresse calórico) e ganho de peso (0,96 kg vs. 0,75 kg). No entanto, suínos suplementados com propionato de cromo (KemTRACE™ Cromo) tiveram menor impacto do estresse calórico na performance, comprovando a eficácia do KemTRACE™ Cromo como aliado contra o estresse calórico.

Além de manter a performance, o cromo suporta o sistema imune mesmo sob estresse calórico. Suínos na fase de engorda, suplementados com propionato de cromo (KemTRACE™ Cromo) e expostos a temperaturas de 27° a 31°C durante 31 dias, apresentaram maior produção de neutrófilos e monócitos em comparação com o grupo sem suplementação. O KemTRACE™ Cromo promoveu melhor uso da glicose, resultando em melhoria da função imune mesmo em condições de estresse calórico.

Para obter os benefícios do cromo, a escolha da fonte é crucial. Uma fonte solúvel permite a dissociação do cromo, essencial para sua absorção e translocação para as células alvo. O KemTRACE™ Cromo utiliza propionato como fonte orgânica, resultando em maior solubilidade e biodisponibilidade.

Em um teste de tolerância à glicose, suínos em crescimento receberam insulina para avaliar a biodisponibilidade e sensibilidade ao cromo. A cinética de glicose foi analisada conforme a fonte de cromo na dieta. Suínos que receberam picolinato de cromo não mostraram maior liberação de glicose (p>0.12) em comparação ao grupo sem suplementação. 

Já os suínos suplementados com propionato de cromo (KemTRACE™ Cromo) apresentaram 45% maior liberação de glicose (p<0.01) que o grupo não suplementado, e 18% (p<0.10) a mais que o grupo com picolinato de cromo.

A KEMIN® comprovou que o KemTRACE™ Cromo (propionato de cromo) fosse a primeira e, atualmente, única fonte de cromo revisada e aprovada pelo FDA para uso em suínos. O KemTRACE™ Cromo é recomendado para todas as fases da produção de suínos, com uma dose de 200 ppb. Esta recomendação garante a quantidade necessária de cromo para obter os benefícios desejados, devido à sua alta biodisponibilidade e capacidade de dissociação.

É crucial garantir que apenas o cromo (III) esteja presente no produto. O cromo (III) é mais estável e seguro para a saúde de manipuladores, animais e consumidores, ao contrário do cromo (VI), que é encontrado em resíduos industriais e pode causar efeitos citotóxicos, genotóxicos e carcinogênicos ao ser reduzido a cromo (III) no organismo. Portanto, a suplementação deve assegurar a presença de cromo (III) e limitar o cromo (VI).

Conclusões

O cromo é essencial para suínos, potenciando a ação da insulina e melhorando o uso da glicose, além de atuar no metabolismo de carboidratos, proteínas, lipídeos e ácidos nucleicos. Sua suplementação melhora a reprodução, performance e características de carcaça.

O cromo também beneficia o sistema imune e a resposta ao estresse, aumentando a produção de células de defesa, anticorpos e reduzindo os níveis de cortisol. Isso o torna um aliado eficaz contra os efeitos do estresse calórico, que pode comprometer a performance, saúde intestinal e sistema imune.

Para garantir os benefícios, a fonte de cromo deve ser solúvel, de alta biodisponibilidade e corretamente incluída na ração. O KemTRACE™ Cromo, propionato de cromo, é a primeira fonte de cromo orgânico aprovada pelo FDA, sendo segura e eficaz, contendo apenas cromo (III).

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