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Fortalecendo a Produção de Leite

Publicado September 06, 2024

Estratégias eficazes para aumentar a eficiência da produção

O aumento da produção de leite leva a uma maior demanda de energia por parte dos animais, o que pode ter um impacto em sua condição corporal e balanço energético.


Leandro Greco, Chefe de Serviços Técnicos de Laticínios da KEMIN®, publicou um artigo no qual destaca a importância de garantir o aumento da eficiência produtiva das vacas leiteiras diante do aumento da produção de leite por vaca/dia. O aumento da produção de leite leva a uma maior demanda de energia por parte dos animais, o que pode ter um impacto sobre sua condição corporal e balanço energético.

“Durante o terço inicial da lactação, o aumento da produção de leite geralmente não é acompanhado por uma ingestão adequada de matéria seca. O resultado é um balanço energético negativo e uma queda no escore de condição corporal das vacas, o que prejudica sua saúde e seu desempenho produtivo e reprodutivo”, explica Greco.

Para neutralizar esses efeitos negativos, a pesquisa explorou estratégias para aumentar o conteúdo energético das dietas fornecidas às vacas no terço inicial da lactação. Uma alternativa comum é o uso de lipídios, como as gorduras protegidas, que demonstraram aumentar a produção de leite sem comprometer a ingestão de matéria seca. Estudos mostram que a adição de gordura em níveis de até 1,5% da matéria seca pode aumentar a produção de leite em mais de 2 kg, resultando em maior eficiência de produção.

Apesar dos benefícios da suplementação de gordura, é essencial escolher a fonte correta. Alguns pesquisadores destacam que a digestibilidade da gordura pode variar, sendo que a digestibilidade intestinal normalmente fica em torno de 78%. Além disso, dependendo da fonte utilizada, a fermentação ruminal pode ser afetada negativamente.

Para superar esses desafios, a pesquisa explorou o uso de sais de cálcio, também conhecidos como gorduras protegidas, que são produzidos a partir da hidrólise de diferentes óleos vegetais e sua subsequente associação com o cálcio. A estabilidade desses sais varia de acordo com a fonte utilizada, sendo que aqueles com maior proporção de ácidos graxos saturados são mais estáveis no rúmen.

Estudos realizados na ESALQ/USP indicam resultados superiores na produção de leite e na digestibilidade aparente da matéria seca em vacas que receberam sais de cálcio de ácidos graxos de óleo de palma em comparação com sais de cálcio com ácidos graxos de óleo de soja. Isso se deve ao fato de os sais de cálcio de óleo de palma terem uma proporção maior de ácidos graxos saturados, o que garante maior estabilidade no rúmen e, consequentemente, melhor desempenho das vacas.

Outra alternativa promissora é o uso de emulsificantes, como a lisolecitina, na alimentação de vacas leiteiras. A lisolecitina é um agente emulsificante que hidrolisa a gordura e a quebra em partículas menores, permitindo a formação de micelas que facilitam a absorção de ácidos graxos pelo animal e reduzem a interação dos lipídios com outros constituintes da dieta no rúmen.

Para maximizar os efeitos positivos dos lipídios na dieta de vacas leiteiras, a Kemin, em colaboração com a ESALQ/USP e com o apoio da FAPESP, conduziu um estudo avaliando o efeito do Lysoforte na dieta de vacas leiteiras suplementadas com diferentes doses de sais de cálcio de ácidos graxos de óleo de palma, chamado Enerfat. 

O LYSOFORTE® é uma mistura de poderosos agentes emulsificantes que, juntos, reduzem o tamanho das partículas de gordura e proporcionam micelas mais estáveis, resultando em maior absorção de ácidos graxos pelo animal. Os resultados mostraram que a suplementação com LYSOFORTE® aumentou a eficiência produtiva dos animais, reduzindo a inclusão total de gordura na dieta em até 30%, sem afetar a produção de leite.

“Esses estudos representam avanços significativos na busca por estratégias de produção leiteira mais eficientes que garantam melhor desempenho das vacas e aumentem a rentabilidade do produtor. A adoção dessas práticas pode trazer benefícios tanto para a saúde animal quanto para a sustentabilidade do setor de laticínios como um todo”, acrescentou Greco.

* O produto em questão, Enerfat, não é mais comercializado pela KEMIN®.

 

 

 


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